Torno-me labirinto,
Um imenso e escuro labirinto…
Procuro-me e não me encontro,
Sinto-me fragmentar em mil pedaços,
Mil terrores…
Deixo de saber onde começo e onde acabo,
Onde fica o limite e onde posso poisar esta alma cansada…
Cada caminho parece mais errado que o anterior,
Cada beco um tortuoso recomeçar,
Incertezas… certezas,
Navego por entre monstros que me são familiares,
Mas que me atormentam e dilaceram…
Venho ao de cima e respiro,
Para depois voltar a mergulhar e sentir que morro aos poucos mais uma vez…
Tento voar fugindo de coisas que não têm nome,
Sempre em vão…
As asas que penso ter já há muito me abandonaram…
Porque neste labirinto imenso e escuro
Não há lugar para a quimera…
E é então que compreendo a razão de ter deixado de existir…
Procuro a única coisa que resta de mim,
Agarro-a com força
E de mão em mão comigo mesma
Encontro o caminho…
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