Caminhos...

Ontem uma amiga em crise partilhou comigo uma frase que me fez pensar.

Diz ela que "quando não se pode voltar atrás, apenas devemos ficar preocupados com a melhor maneira de seguir em frente".

Este simples pensamento ecoou em mim.

Fez-me ver como estamos rodeados de pessoas que vivem "presas" a momentos da sua vida, a acontecimentos marcantes, segundos, minutos, horas que não conseguem desaperecer, que não conseguem apagar ou superar, que simplesmente não podem aceitar.

Vivem assim com correntes pesadas, que arrastam consigo e que os impedem de continuar, de andar livremente, de seguir em frente.

E como tudo assumiria uma perspectiva tão diferente se ao menos pudessem aceitar esses momentos, esses segundos, esses minutos, essas horas, como parte integrante da vida, como parte fundamental daquilo que é crescer, respirar, rir e chorar.

Porque a morte também faz parte da vida, porque a dôr, a desilusão, o sofrimento, a doença, também estão incluídas no pacote quando nascemos, tal como o estão a alegria, o amor, o riso, a magia.

Porquê sofrer mais com algo que já de si fez sofrer naquele momento, naquele segundo, e que provavelmente continuará a fazer sofrer durante o tempo necessariamente natural para que o tempo o ajude a cicratizar, a aceitar e finalmente a encontrar "a melhor maneira de seguir em frente"...

Não percamos tempo, ele é precioso demais!