20 junho 2011

Demónios que me habitam

Os demónios que me habitam
São feitos de papel pardo e cetim
Umas vezes parecem tão pequenos,
Outras gigantes como montanhas!
Enfrento-os como guerreira da vida que sou,
Mas eles teimam em ser a minha companhia…
E sussurram-me com o vento frio e gelado do norte que sempre o serão.
“Eu aceito, penso para mim, eles sempre estarão comigo, fazem parte de mim, só preciso ser mais forte do que eles…”
“Mas é tão difícil!”, grito às quatro paredes deste mundo meu…
E a voz não me sai,
Ecoa apenas dentro de mim,
Talvez para que os demónios que me habitam
Possam ouvir o meu grito,
E mais uma vez retornarem à sua real pequenez…
Pois eu sei que sou maior e infinita,
Neste carrossel de feira ambulante em que decidi viver!

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